Sobre MÍNIMAS, Arnaldo Antunes escreveu: “o que Gil Jorge cria no interstício conexão sinapse entre verbo e imagem para elevar a potência da poesia nesses tais tempos digitais onde “o meio é a mensagem” retrata bem o que disse Décio: “o poeta é o designer da linguagem” os recursos são muitos e variadas as formas de articular o insight à estrutura nessas mínimas máximas da escrita manual ao tipo computacional mente distorcido contorcido moldado para ampliar os sentidos do recado Gil não teme os efeitos defeitos rasgos nos alfabetos letras-insetos passeando na folha a orando a escolha da expressão mais justa no olho a faísca o susto o cisco como disse Augusto: “poesia é risco.”

“Gil Jorge pertence à pequena hoste de poetas experimentalistas que não tem medo de assumir a linhagem da poesia concreta e visual. Melhor para ele. Con a no seu taco, e sabe que as suas con- tribuições para a poesia de ponta têm validade ética e estética. Há estrelas novas nesse universo de pesquisa e indagação, e a sua brilha com luz própria e intensas fulgurações.”
[Augusto de Campos]

Sobre o autor

Gil Jorge (Gilberto José Jorge) nasceu em Santo André (SP, Brasil) em 1960. Poeta, editor e promotor de eventos culturais. Boa parte dos poemas que realizou desde os anos 80 se situa na vertente de uma caligrafia gestual e tipográfica. Foi co-organizador da mostra Poesia Evidência, em 1984, na PUCSP; coeditor da revista de caligrafias impressa em serigrafia pela Entretempo, AGRRAFICA, em 1987; coeditor do álbum Atlas, com mais de 80 participantes, entre cineastas, artistas plásticos, poetas, músicos etc. Participou com vários poemas ao longo das edições da revista Artéria, editada por Omar Khouri e Paulo Miranda. Vive em Paraty (RJ).