Poesia / Gedicht

R$70,00

Autor: Hermann Hesse
Com aquarelas do autor
Bilíngue: Alemão/Português
Tradução: Vanderley Mendonça
24 págs – 22 x 30 cm – 24 págs.
ISBN 978-85-66423-74-7

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A percepção de que não há uma realidade, mas várias realidades possíveis no mundo é uma característica da poesia de Hermann Hesse (1877- 1962). Oriundo do coração da Floresta Negra, nascido na pequena cidade de Calw, Sudoeste da Alemanha, as origens do autor de Der Steppenwolf, publicado em 1927 e o mais célebre de seus livros, desafiam a nós leitores equilibrarmo-nos à beira do abismo dos problemas existenciais que o descritivismo coisificante do manancial da Cultura impõe à liberdade individual. Os versos de Hesse identificam uma certa imposição da Filosofia de nos forçar apreender tudo que está à nossa volta como conhecimento, privando-nos das sensações. Como alternativa, o poeta oferece um outro olhar sobre impermanência e o fracasso das nossas relações com o Outro e com o mundo. A liberdade, para Hesse, necessariamente não está condicionada ao querer, à escolha, nem ao conhecimento como cultura, mas à sensibilidade e às sensações que só podem ser apreendidas num momento mágico de interiorização: o momento eterno, desconectado do Tempo, a pausa, a Duração. Desde criança, Hermann Hesse aspirava ser poeta. Em 1899, publicou seus primeiros poemas numa edição independente, pela E. Pierson Verlag, em Dresden. Com o título Romantische Lieder, o volume, encadernado à mão e com costura aparente em linho, teve 600 cópias e custou 175 marcos. Em janeiro de 1900, Hesse tinha vendido 54 cópias do seu primeiro livro.


 

Sobre o autor

Hermann Hesse (1877 – 1962) mostrou-se desde jovem um poeta solitário e sensível que não conseguia encontrar seu caminho no mundo. E recusando as queixas dos artistas de seu tempo, impôs a si mesmo um silêncio com a tradição, que só encontrava nas longínquas pradarias de sua terra, o que o salvou de uma forte depressão, além da análise com Carl Jung, o que o aproximou das ideias do psicanalista.
Hesse faleceu em Montagnola, na Suíça, no dia 9 de agosto de 1962. Tanto na pequena Colw, na Alemanha, assim como em Montagnola, a cidadezinha que fica no Tessino, um cantão Suíço, podemos tentar sentir o que ele descreveu e nos apercebermos do porquê de suas revoltas contra a escola, a família, o cristianismo, o estilo burguês de vida, a guerra, a Europa e contra todos os tabus que o lar, o casamento, a sociedade, a religião e o Estado nos querem impor. Nessa luta, sua única arma foi uma caneta.
Hesse foi muito cultuado nos anos 60, alçado a uma condição de guru após a repercussão mundial de alguns de seus livros, como Sidarta, O Regresso de Zaratustra e o mais traduzido de todos, O Lobo da Estepe, que segundo alguns críticos deu nome à banda de rock psicodélico Steppenwolf, que fez trilha para muitas viagens de gerações de hippies e de filmes como Easy Rider, e acabou por influenciar ainda mais gente a ler os seus livros do que quando ele ganhou o Nobel de Literatura, em 1946.